Problemas de Pele Relacionados à Doença de Parkinson

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Alterações na pele são sintomas comuns da Doença de Parkinson (DP). Muitos pacientes de Parkinson desenvolvem problemas como pele oleosa ou escamosa, especialmente na face e no couro cabeludo. Outros têm problemas com a pele seca ou transpiração excessiva, por exemplo. 

Alguns problemas de pele podem ser relativamente menores, enquanto outros podem ser angustiantes, embora raramente sejam graves. Tais problemas podem ocorrer a qualquer momento no curso da doença. Além disso, alguns estudos recentes mostraram um aumento da prevalência de câncer de pele entre pessoas com Doença de Parkinson. Veja um pouco mais sobre o assunto no post de hoje:

Problemas de pele comuns e tratamento

  • Pele oleosa

A mudança mais comum é o aumento da oleosidade, particularmente ao redor da testa, nariz e couro cabeludo, onde as glândulas sebáceas (secretoras de óleo) estão concentradas. O Parkinson pode causar a secreção excessiva dessas glândulas de uma substância oleosa chamada sebo, que mantém a pele flexível e fornece proteção, mas com resultados excessivos na pele, parecendo oleosa e brilhante.

Se a sua pele estiver muito oleosa, lave com sabão neutro e limpe-a duas vezes ao dia em água morna, após isso lave com água fria. Se você usa maquiagem e hidratantes, os géis à base de água são preferíveis aos cremes à base de óleo. Seu médico poderá aconselhar sobre os produtos mais adequados para o seu caso.

  • Dermatite seborréica

A pele também pode ficar vermelha, escamosa e com coceira, esses sintomas são conhecidos como dermatite seborréica (“dermatite” significa que a pele está inflamada). A pele também pode tornar-se escamosa ou pode descascar. Esses sintomas afetam principalmente o couro cabeludo, rosto (particularmente ao redor do nariz, sobrancelhas e pálpebras), orelhas (dentro e fora), peito e dobras na pele, assim como sob os braços, seios e virilha.

Esta é uma condição comum, mas as pessoas com Parkinson têm um risco aumentado de desenvolvê-lo. Não há conexão direta entre a gravidade da Doença de Parkinson e o grau de oleosidade.

Acredita-se que um tipo de levedura encontrado na pele (Malassezia) possa causar essa condição. Certos alimentos também são pensados ​​para desempenhar um papel, embora não haja até agora nenhuma evidência ligando o problema a alimentos ricos em levedura. Qualquer alimento que pareça causar ou piorar as coisas deve ser evitado.

A dermatite seborréica é mais provável de ocorrer em homens, provavelmente como resultado do aumento da secreção de sebo ligada a hormônios sexuais masculinos. O problema pode piorar se o paciente estiver estressado ou cansado.

Atualmente, vários produtos estão disponíveis no mercado para tratar a dermatite seborréica, eliminando a levedura na pele. Tratamentos antifúngicos, cremes anti-inflamatórios esteróides ou pomadas também podem ajudar, tratando a levedura na pele.  

Durante o tratamento, você deve evitar cosméticos contendo álcool, bem como sabonetes e produtos de barbear que irritam a pele. Recomenda-se cremes hidratantes (não-gordurosos) e substitutos do sabão. Loções especiais e shampoos para caspa ou pele escamosa também são indicados. 

  • Problemas com o suor 

Algumas pessoas com Parkinson têm problemas com o sistema nervoso autônomo, que controla a transpiração. Isso pode resultar em sudorese (hipo-hidrose), deixando a pele muito seca ou suando demais (hiperidrose).

A transpiração ajuda a regular a temperatura do corpo, a mantendo estável em climas quentes, durante uma febre ou se você se exercitar. Se você suar pouco ou enquanto estiver com muito calor, fale com seu médico Isso coloca você em risco de superaquecimento.

As alterações na transpiração podem ser causadas pelos medicamentos de Parkinson. Medicamentos anticolinérgicos (por exemplo, triexifenidyl, procyclidine) são usados ​​ocasionalmente para tratar o tremor no Parkinson. 

 Esses medicamentos anticolinérgicos podem bloquear a secreção do suor, resultando em aumento da temperatura corporal. Assim, durante o tempo quente, esse tipo de medicamento pode precisar ser reduzido ou evitado totalmente em pessoas mais velhas. 

Por outro lado, a levodopa pode levar à transpiração excessiva e algumas pessoas experimentam sudorese encharcada, pouco antes da próxima dose de medicação ser devida. A dose de levodopa deve, portanto, ser ajustada para minimizar essa transpiração excessiva, embora isso possa significar, é claro, que outros sintomas de Parkinson possam estar menos bem controlados. 

Se você transpira demais, tome banhos frequentes, use roupas folgadas de algodão e beba bastante água para repor os fluidos perdidos na transpiração. Evite coisas que provocam sudorese, como ambientes lotados, álcool ou comida picante. 

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