Tratamento do Parkinson: as últimas descobertas e abordagens

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Muitas incertezas ainda cercam esta doença neurológica progressiva e o tratamento do Parkinson. Isso mesmo já tendo se passado mais de dois séculos após a publicação de “An Essay on the Shaking Palsy” (1817) por James Parkinson.

A doença de Parkinson é a segunda mais comum desordem neurodegenerativa, atrás apenas do Alzheimer. Com expectativas de vida aumentando e menos causas concorrentes de morte, estima-se que a prevalência de Parkinson aumente para 12 a 17 milhões de pessoas até 2040.

Desafios Globais e Cuidados Especializados:

Este crescimento alarmante colocará uma pressão adicional sobre os sistemas de saúde ao redor do mundo. Especialmente em países de baixa e média renda, onde o acesso a tratamentos e terapias de apoio é mais limitado. Mesmo em países de alta renda, grupos étnicos minoritários e pessoas em áreas rurais enfrentam desafios maiores no acesso ao cuidado.

O Enigma da Patogênese do Parkinson:

A origem da doença de Parkinson é multifatorial e ainda em grande parte um mistério. Embora haja um consenso de que é uma doença relacionada à idade, ainda não há respostas claras sobre sua causa. É preciso entender até que ponto fatores externos, como poluentes, contribuem para o seu desenvolvimento.

Avanços no Tratamento do Parkinson e na Gestão da Doença:

Estudos recentes estão focados na gestão ótima do Parkinson. O objetivo final da pesquisa é encontrar tratamentos que possam alterar o curso da doença. No entanto, apesar do aumento no financiamento da pesquisa, grandes avanços têm sido raros. Uma tendência em direção a critérios biologicamente baseados para a classificação do Parkinson está gerando controvérsia. Espera-se que estes critérios ajudem na detecção precoce da doença, especialmente em sua fase prodrômica.

Inovações e Intervenções Terapêuticas:

Estudos clínicos de novos medicamentos para tratar disquinesia e outros sintomas motores estão em andamento, assim como ensaios que abordam vários mecanismos conhecidos da doença. Abordagens não farmacológicas, como intervenções baseadas em robótica para ajudar com deficiências de marcha e intervenções baseadas em música para gerenciar diversos sintomas não motores, também mostram promessa.

Além disso, o valor potencial de intervenções de estilo de vida para melhorar o controle dos sintomas do Parkinson, particularmente em relação à atividade física e nutrição, não deve ser subestimado.

O que vem pela frente no Tratamento do Parkinson?

Embora a busca por um tratamento modificador da doença continue, melhorias no cuidado básico e especializado para pacientes com Parkinson – apoiando cuidadores, garantindo acesso a regimes de medicação simples e expandindo o fornecimento de cuidados primários e multidisciplinares para comorbidades – farão uma diferença tremenda na qualidade de vida de milhões de pacientes em todo o mundo.

Este post foi baseado em um artigo recente publicado na revista “The Lancet”, explorando as últimas descobertas e abordagens no tratamento da doença de Parkinson.

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