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O treinamento cerebral reduz a gravidade e a duração do congelamento da marcha e melhora a cognição e a sonolência diurna em pacientes com Parkinson. É o que mostra um estudo financiado pela The Michael J. Fox Foundation e publicado no Nature Partner Journal Parkinson’s Disease.
O congelamento da marcha é um sintoma da doença de Parkinson e ocorre quando os pacientes sentem temporariamente que seus pés estão colados ao chão e hesitam antes de dar um passo à frente. Isso muitas vezes leva a quedas e menor qualidade de vida.
Estatísticas apresentam que cerca de 30% dos pacientes de Parkinson têm este sintoma, em estágios mais avançados da doença. Em alguns parkinsonianos, o congelamento afeta também os movimentos do braço e a fala. Um estudo realizado apresentou uma conexão entre o congelamento da marcha, a atenção prejudicada e o controle cognitivo.
O congelamento da marcha é um dos sintomas da doença de Parkinson que movimenta pesquisas de cientistas em grandes centros de neurologia pelo mundo. No entanto, ainda não existe nada que o corrija totalmente ou que o impeça de ocorrer. Porém, este estudo, aponta o quanto o cérebro e suas funções cognitivas podem ser úteis e indispensáveis no caminhar.
A pesquisa, ainda em fase inicial, verificou o número de vezes que 65 pacientes passaram por episódios de congelamento, quando estavam sob efeito de medicamentos e também fora. Logo após, metade dos pacientes passaram por um programa de atividades no computador, focado em atenção, memória e habilidades visuoespaciais.
Já a outra metade foi o grupo de controle, que recebeu treinamento placebo, ou seja, sem efeito terapêutico. Depois de 14 semanas, os dois grupos de pacientes foram avaliados novamente. O grupo que recebeu o treinamento cognitivo obteve bem menos episódios de congelamento da marcha.
O congelamento da marcha é um dos sintomas da doença de Parkinson que mobiliza cientistas e pesquisadores nos grandes centros de neurologia do mundo. Ainda não há nada que o corrija totalmente ou que o impeça de acontecer. Este estudo, no entanto, mostra o quanto o cérebro e suas funções cognitivas podem ser úteis e indispensáveis no caminhar.
O que é ETCC?
Outro estudo, também financiado pela The Michael J. Fox Foundation e publicado no periódico Movement Disorders, apresentou que a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) pode reduzir os episódios de congelamento da marcha e melhorar as funções executivas. A ETCC é uma estimulação realizada de forma não-invasiva no cérebro e funciona através de eletrodos.
A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) é um tratamento avançado de neuromodulação aplicado de forma segura, não invasiva, através de uma corrente fraca direta que se desloca por dois eletrodos (cátodo e ânodo) posicionados estrategicamente em regiões externas do crânio, determinadas pelo médico gerando uma pequena corrente, que altera a atividade elétrica cerebral da área trabalhada, aumentando ou diminuindo a excitabilidade do córtex.
O tratamento com Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) é muito usado em países como Alemanha, Espanha e Estados Unidos e ajuda também pacientes que sofrem de distúrbios e doenças como depressão, perda de memória, déficit de atenção e hiperatividade, AVC, dependência química, dor crônica, fibromialgia, enxaqueca, entre outras. Estudos recentes demonstraram que o tratamento é um importante método neuromodulador dentro da prática médica, seguro e acessível, possui efeito neuromodulatório (ocorre no momento da estimulação) e neuroplástico (ocorre após a estimulação).
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