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Não há uma forma simples de lidar com o diagnóstico de Doença de Parkinson. Esta é uma situação que causa várias dúvidas e mudanças na vida da pessoa diagnosticada e também de seus familiares, exigindo um certo tempo para adaptação.
Também não existem formas diretas e rápidas de combater a doença desde o primeiro dia, isso porque todo mundo possui um conjunto diferente de sintomas. Vale destacar que o Parkinson é uma doença altamente individualista, na qual cada pessoa experiencia a doença de forma diferente.
Pensando nisso, reunimos neste post algumas das principais dúvidas que pacientes recentes têm a respeito da Doença de Parkinson. Confira a seguir:
O que é a Doença de Parkinson e quais os tratamentos disponíveis?
Geralmente, essas são as primeiras questões que a pessoa diagnosticada com Parkinson faz ao seu médico. Explicando de forma geral, a Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. Ela é causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).
A dopamina colabora na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não é necessário pensar em cada movimento que os músculos realizam, graças à presença dessa substância no cérebro. Na falta dela, particularmente em uma pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos.
Atualmente, vários tratamentos diferentes estão disponíveis, permitindo que a pessoa com Parkinson conviva com a doença da melhor maneira possível. Por meio desses tratamentos, muitos sintomas podem ser aliviados em curto prazo, embora com o tempo possam perder sua eficácia e produzir efeitos colaterais indesejáveis, como movimentos involuntários conhecidos como discinesia, por exemplo.
Além dos medicamentos, há também as intervenções cirúrgicas, como a estimulação cerebral profunda (DBS), que envolve a implantação de eletrodos no cérebro. Mas, normalmente, a maioria dos pacientes não a considera até que os medicamentos que tenham sido usados não forneçam mais níveis significativos de alívio.
Como desenvolvi a DP?
A DP clássica é chamada de “idiopática”, isso significa que ela surge espontaneamente sem uma determinada causa definida ou específica. A doença idiopática pode ser causada por um ou mais defeitos genéticos combinados com exposição a uma ou mais neurotoxinas ambientais, como pesticidas ou outros produtos químicos. No entanto, vários estudos ainda estão em andamento para determinar a causa exata ou as causas da DP.
O que vai acontecer com meu corpo?
Os tipos de sintomas que irão se desenvolver e quão severo e rápido será o processo é algo imprevisível na Doença de Parkinson, pois varia muito de pessoa para pessoa. No entanto, os sintomas mais comuns incluem tremor, lentidão, rigidez, dificuldade em iniciar ou controlar o movimento, problemas de equilíbrio, movimentos imprevisíveis, cãibras e problemas de fala e deglutição. Também podem ocorrer problemas cognitivos, como perda de memória de curto prazo, dificuldade em seguir instruções complexas ou perda de capacidade multitarefa.
Posso morrer de DP?
A doença em si não é fatal. Portanto, se morre com Parkinson, mas não por esse motivo. No entanto, à medida que os sintomas pioram, podem ocorrer alguns incidentes, por exemplo, em casos avançados, perda de equilíbrio pode causar quedas e resultar em ferimentos graves, entre outras situações. Vale destacar que a gravidade desses incidentes depende muito da idade do parkinsoniano, da saúde geral e do estágio da doença.
Como posso encontrar bons médicos?
A melhor forma de encontrar um bom médico é pesquisando ou pedindo indicações. Uma boa maneira de fazer isso é pedindo ao médico que realizou os cuidados primários indicações de neurologistas ou especialistas em distúrbios do movimento. Outra excelente forma é participando de grupos de apoio e pedindo indicações à outros pacientes de Parkinson.
Devo começar a tomar medicamentos imediatamente?
Geralmente o médico e o paciente decidem juntos sobre o direcionamento certo do tratamento, isso inclui quando começar com medicamentos e que outras formas de terapia podem ser realizadas.
É importante que o paciente de Parkinson não se sinta pressionado a tomar uma decisão de forma imediata. Vale ressaltar que nenhum medicamento disponível atualmente no mercado demonstrou desacelerar ou parar a DP. Os medicamentos disponíveis apenas mascaram os sintomas. Portanto, é importante levar em consideração o alívio sintomático, os efeitos colaterais, o conselho do médico e suas próprias opiniões ao iniciar os medicamentos.
Não vou mais poder executar tarefas?
Como já falamos anteriormente, quais sintomas e quando aparecem é algo imprevisível na DP. Algumas pessoas com Parkinson acabam em cadeiras de rodas, enquanto outras ainda participam de corridas de bicicleta. Alguns pacientes não conseguem colocar um colar no pescoço, enquanto outros fazem colares à mão.
Pode ser assustador ver os sintomas mais pronunciados de pessoas que estão em meados ou em estágio avançado da DP, como discinesia (movimentos bruscos involuntários que pode resultar do uso a longo prazo da levodopa, a medicação mais comum da DP) ou congelamento (a repentina incapacidade de se mover). O conhecimento de sintomas graves como estes pode ser compreensivelmente assustador, mas é fundamental lembrar que a DP é altamente individualista, ou seja, a doença é muito diferente de um paciente para outro.
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