Como a ciência das ondas cerebrais apoia a autogestão de Parkinson

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A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico crônico e progressivo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Pode ser uma condição desafiadora de gerenciar, com sintomas que podem variar de pessoa para pessoa e afetar significativamente a vida diária. No entanto, os avanços recentes na ciência das ondas cerebrais forneceram novas informações sobre como a doença de Parkinson pode ser auto-gerenciada de forma eficaz.

Neste artigo, exploraremos como a ciência das ondas cerebrais pode apoiar a auto-gestão da doença de Parkinson e como ela pode ajudar aqueles que vivem com a condição a melhorar sua qualidade de vida.

A pesquisa das ondas cerebrais pode ser uma forma de aprimorar o tratamento da doença de Parkinson. Estudos apontam que as explosões de ondas beta estão ligadas à doença e seus sintomas.

Em 2021, pesquisadores da Universidade da Califórnia compartilharam descobertas sobre os padrões de ondas cerebrais durante atividades diárias, evidenciando que os sintomas de Parkinson podem estar relacionados a esses padrões. A atividade das ondas beta também está vinculada à estimulação cerebral profunda e, por isso, outras descobertas sobre as ondas beta podem ajudar a compreender melhor a doença.

Por outro lado, as ondas alfa, associadas a momentos de repouso e reflexão, podem ser aumentadas por práticas de meditação e diminuir a atividade beta pode fornecer uma base para melhorar o autocontrole dos sintomas de Parkinson.

Compreendendo as ondas cerebrais

As ondas cerebrais são os impulsos elétricos gerados pelas células do cérebro, também conhecidas como neurônios. Esses impulsos podem ser medidos por uma máquina de eletroencefalograma (EEG), que é um dispositivo que registra a atividade elétrica do cérebro.

Existem diferentes tipos de ondas cerebrais, incluindo ondas alfa, beta, teta e delta. Cada tipo de onda cerebral está associado a um nível diferente de consciência e atividade cerebral. Por exemplo, as ondas alfa estão associadas à relaxação e meditação, enquanto as ondas beta estão associadas ao alerta e foco.

Como a ciência das ondas cerebrais pode apoiar a auto-gestão da doença de Parkinson

Pesquisas mostram que pessoas com doença de Parkinson têm padrões anormais de ondas cerebrais, particularmente nas frequências de ondas alfa e beta. Essas anormalidades podem contribuir para sintomas motores e não motores, incluindo tremores, rigidez e depressão.

Já foi muito discutido como a prática da mente zen pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de pacientes com Parkinson, já que o estresse pode aumentar a atividade das ondas cerebrais beta, agravando os sintomas. Em contrapartida, a meditação pode ajudar a aumentar a produção de ondas alfa e reduzir a produção de ondas beta, o que pode levar a uma mente mais calma e tranquila.

De acordo com um estudo de 2020 publicado no Journal of Evidence-Based Integrative Medicine, a ioga e a meditação podem aumentar a produção de ondas alfa em pacientes com Parkinson, com meditadores habilidosos apresentando diferentes padrões de ondas cerebrais em comparação aos iniciantes.

Os benefícios da meditação incluem a redução da ansiedade, sentimentos de paz e felicidade, além de melhorias clínicas no coração e na função imunológica. Pesquisas também mostram que monges zen budistas apresentam uma extraordinária sincronização de ondas cerebrais conhecida como sincronia gama, associada a uma forte função cerebral e a síntese da atividade que chamamos de mente.

Até mesmo o Dalai Lama demonstrou apoio ativo à neurociência da meditação. A prática da meditação pode ajudar pacientes com Parkinson a regular sua atenção, pensamentos e emoções enquanto enfrentam estímulos externos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Fonte: Parkinson’s News Today

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