As perguntas que as pessoas mais fazem sobre Parkinson na internet

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Todo mundo sabe que o “Dr. Google” é um dos piores lugares para alguém tentar fazer um diagnóstico de qualquer doença. O melhor caminho para você saber se possui alguma doença segue sendo a consulta ao médico.

 

Porém, não podemos de forma alguma esquecer ou diminuir os efeitos benéficos que a internet trouxe para a divulgação de informações. Hoje, a área de saúde é a segunda mais pesquisada no Google, e isso ajudou a aproximar a medicina da população em geral.

 

A divulgação de conteúdo da área médica ajuda na prevenção, no esclarecimento sobre sintomas e faz até com que os pacientes cheguem aos consultórios sabendo exatamente o que perguntar, resultando em atendimentos mais eficazes.

 

O Parkinson é uma doença grave e complexa que acaba mudando a vida de todos que convivem com o paciente. Nada mais normal que, após o diagnóstico, tanto o portador da doença quanto seus familiares usem a internet para buscar o máximo de informações que puderem sobre as etapas que terão pela frente.

 

E como a dúvida de um pode ser a dúvida de muitos – e o nosso objetivo neste blog é trazer o máximo de informações corretas e verdadeiras que pudermos reunir sobre a Doença de Parkinson – hoje nós elencamos as perguntas que as pessoas mais fazem sobre Parkinson na internet para respondê-las em um só texto.

 

Antes de começarmos a responder, gostaríamos de deixar claro que estamos colocando as perguntas exatamente como elas são digitadas no Google. Já explicamos no primeiro texto deste blog que não vamos utilizar o termo Mal de Parkinson para se referir a Doença de Parkinson.  

 

Este termo não é mais usado nem por médicos, muito menos por pacientes. A intenção é justamente afastar o valor pejorativo da palavra mal. Quando nos referimos ao Parkinson como “mal” é como se, de alguma forma, estivéssemos dizendo que esta doença é pior que qualquer outra – o que não é verdade.

 

  1. O que causa o Mal de Parkinson?

 

 

A causa para a Doença de Parkinson ainda é uma pergunta sem respostas, assim como a cura para esta doença. O que se sabe até agora é que não se trata de uma doença hereditária e que ela possui uma série de sintomas e características que se assemelham em todos os pacientes.

 

O Parkinson acontece quando o cérebro se degenera, causando a morte de neurônios da chamada substância negra, que é uma área do cérebro responsável pela produção de dopamina. A dopamina é um tipo de hormônio que atua no controle do movimento e na capacidade de memória.

O que os últimos estudos científicos têm identificado é que a população de bactérias intestinais pode ser a responsável pelo desenvolvimento de doença cerebrais como o Parkinson, mas ainda são estudos que precisam de mais comprovações. Por estes motivos que ainda não há uma resposta para o que causa o Parkinson.

 

  1. Como prevenir o Parkinson?

 

Como as causas do Parkinson ainda não são conhecidas, a prevenção se torna uma tarefa difícil. O que se sabe é que a atividade física é a melhor maneira de combater a doença.

 

Estudos mostram que pessoas que praticam atividades físicas de alta intensidade entre os 30 e 40 anos de idade diminuem o risco de desenvolver a doença em 30%. Os benefícios da atividade física se estendem até para na evolução dos sintomas, que se desenvolvem de maneira mais lenta nos que são ativos.

 

  1. Qual o exame para detectar Mal de Parkinson?

 

O neurologista costuma detectar o Parkinson por meio da exclusão. O médico analisa o histórico do paciente, seus sintomas e sinais, e faz um exame neurológico e físico, além de outros exames para descartar que os sintomas não estejam sendo gerados por outros tipos de doenças. O exame físico é a ferramenta mais eficaz para o diagnóstico.

 

Alguns médicos indicam que o paciente tome o medicamento Levodopa por um tempo, se os sintomas melhorarem, a hipótese do Parkinson pode ser praticamente confirmada. Ultrassonografia transcraniana e cintilografia cerebral são alguns dos exames que o neurologista também pode solicitar em caso de persistir a dúvida.

 

  1. Como se manifesta a Doença de Parkinson?

 

Apesar de os sintomas variarem de acordo com cada indivíduo, a doença produz quatro sinais típicos, dos quais derivam as demais complicações: redução na quantidade de movimentos (bradicinesia), tremor em repouso, rigidez muscular e alterações na postura e no equilíbrio.

 

  1. Existe cura para a Doença de Parkinson?

 

A cura para o Parkinson ainda não foi descoberta. Mas já existem tratamentos capazes de fazer com que o paciente consiga levar uma vida o mais normal possível. De medicamentos até a estimulação cerebral profunda, o paciente possui hoje mais possibilidades de retardar o progresso da doença.

 

  1. Com que idade o Parkinson costuma aparecer?

 

Geralmente, o Parkinson começa a se manifestar entre os 60 e 65 anos de idade, por este motivo que é uma doença associada à terceira idade. 10% dos pacientes podem experimentar os sintomas da doença antes dos 50 anos de idade. São raros os casos de pacientes com Parkinson precoce, como o caso do ator Michael J. Fox que assumiu a doença aos 30 anos.

 

  1. Parkinson é hereditário?

 

A doença de Parkinson possui sintomas que transformam a vida do paciente e exige muito apoio e cuidado dos familiares. Por este motivo, não é raro que em algum momento o paciente e os familiares se perguntem se poderão também ter Parkinson.

 

A hereditariedade do Parkinson é algo raro. Essa doença tem sido rastreada e identificada por diferentes mutações genéticas, no entanto, a maioria dos casos de Parkinson tem uma causa desconhecida.

 

  1. Como é o tratamento para quem tem Parkinson?

 

O indicado é sempre começar com o tratamento medicamentoso. As medicações costumam aliviar os sintomas por um bom tempo até que o paciente comece a não responder mais aos efeitos da droga ou sofra com efeitos colaterais.

 

A Cirurgia de Parkinson, por meio da Estimulação Cerebral Profunda, é outra alternativa que tem mostrado grandes resultados no alívio dos sintomas devolvendo ao paciente sua qualidade de vida.

 

  1. Existem outros sintomas do Parkinson que não sejam motores?

 

Sim, existem. O Parkinson afeta também os músculos responsáveis pela fala e pela deglutição, por isso a maioria dos pacientes tem dificuldade para comer e acontece uma diminuição do volume da voz. Diminuição do olfato, fadiga, transtornos do sono e do humor, cansaço e prisão de ventre são outros sintomas não-motores comuns do Parkinson.  

 

  1. Que médico trata o Parkinson?

 

O neurologista é quem faz o diagnóstico e indica o tratamento para o Parkinson. Hoje em dia existem neurologistas especialistas em distúrbios do movimento e também em doenças degenerativas que estudam o Parkinson de forma mais específica.

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