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A hereditariedade do Parkinson é algo raro. Essa doença tem sido rastreada e identificada por diferentes mutações genéticas, no entanto, a maioria dos casos de Parkinson tem uma causa desconhecida.
O que sabemos é que a doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo que afeta o sistema nervoso. Causa tremores, movimento lento, problemas de equilíbrio e rigidez e que geralmente afeta pessoas mais velhas. Porém, pesquisas sugerem que uma combinação de fatores genéticos e ambientais pode causar a doença de Parkinson.
As doenças hereditárias
As doenças hereditárias são aquelas que são passadas dos pais para os filhos por meio de seus genes. Uma doença genética pode ser hereditária ou não. Algumas doenças genéticas são causadas por mutações aleatórias que não são herdadas dos pais.
Estudos mostram que alguns casos de doença de Parkinson são causados por mutações genéticas. As causas hereditárias desta doença são raras. Os dados mostram que de 10% a 15% das pessoas que têm a Doença de Parkinson possuem um histórico familiar de outros afetados. A causa da doença segue sendo desconhecida. Muitos genes estão envolvidos na doença de Parkinson. Os pesquisadores continuam investigando novas mutações e outros genes envolvidos na doença.
O Parkinson pode ser passado de pai para filho?
Como já explicamos é muito raro que o Parkinson seja passado de pai para filho, porque a maioria dos casos desta doença não é hereditário. O Parkinson precoce, esse sim, é mais propenso a ter sido herdado. Ter um histórico familiar de Parkinson aumenta o risco de ter a doença em 3%, ou seja, podemos dizer que ter um pai ou um irmão com Parkinson aumenta ligeiramente as chances de contrair a doença.
Fator de Risco
Quando falamos em fatores de risco, estamos falando de uma maneira mais ampla do que pode ou não causar Parkinson. O que precisamos que você, leitor, entenda é que o fator de risco não significa dizer que você terá a doença.
Para a medicina, risco é a chance de qualquer pessoa sadia, quando exposta a determinados fatores (ambientais ou hereditários) adquirir uma doença. Fatores de risco são então um conjunto de situações que aumentam o risco de você desenvolver ou não uma doença.
Quer um exemplo? Dois fatores de risco do Parkinson é ser homem e ter mais de 60 anos. Isso não significa dizer que se você for um senhor de 61 anos está pronto para ter Parkinson a qualquer momento. O que estamos dizendo é que entre todos os pacientes que têm a doença, se identifica como perfil que a maioria deles é homem e possui mais de 60 anos de idade.
Um mesmo fator pode ser de risco para várias doenças, por exemplo, o tabagismo, é um fator de risco para diversos tipos de câncer assim como para doenças cardiovasculares e respiratórias.
Por isso que não podemos afirmar que o Parkinson é hereditário e nem que o fato de ter tido um caso na família significa que você também vai ter a doença. O que pode ser afirmado é que ter um histórico familiar ou um membro da família de primeiro grau com Parkinson é um dos fatores de risco para você desenvolver a doença, assim como ser homem e ter mais de 60 anos.
Não sendo hereditário, então é possível prevenir o Parkinson?
Aqui novamente vale outra explicação. Enquanto fatores de risco são um conjunto de situações que aumentam o risco de você ter uma doença, prevenção é um conjunto de ações que você pode tomar para reduzir a chance de contrair uma doença.
Como a maioria das causas da doença de Parkinson é desconhecida, não há técnicas específicas de prevenção. O que existem são estudos que mostram quais ações as pessoas que não desenvolveram a doença tomaram ao longo da vida.
Pesquisas mostram que a cafeína e o chá verde podem diminuir o risco de desenvolver a doença de Parkinson. Além disso, permanecer ativo e se exercitar também pode diminuir seu risco, uma vez que as atividades físicas protegem seu cérebro de doenças degenerativas.
Estudos sugerem também que seguir a dieta mediterrânea, que se concentra em peixes, vegetais, grãos integrais, frutas, azeite de oliva, nozes e sementes, também pode reduzir o risco de contrair a doença de Parkinson, assim como limitar laticínios e carne vermelha também pode ajudar.
Se você tem um membro da família com doença de Parkinson, você pode querer considerar o teste genético. Ter uma mutação genética não garante que você terá a doença. Obter um teste genético pode ajudar os pesquisadores a entender essa condição e desenvolver novas opções de tratamento. Converse com um médico sobre testes genéticos para determinar se é certo para você.
Qual a hora certa de procurar um médico?
Não há um exame específico para diagnosticar a doença de Parkinson. Os médicos costumam avaliar seus sintomas e realizar vários testes para determinar se você tem a condição. Se você notar os seguintes sinais de alerta, tendo ou não alguém com Parkinson na família, então você deve consultar um médico.
Os primeiros sinais de alerta da doença de Parkinson incluem:
- Tremores e tremor em repouso;
- Rigidez;
- Redução da velocidade dos movimentos;
- Postura curvada;
- Andar anteriorizado;
- Caligrafia menor;
- Alterações do sono, como insônia, pesadelos ou sonambulismo;
- Tristeza e depressão;
- Tontura;
- Dificuldade para sentir cheiros;
- Suor excessivo;
- Dermatites ou irritações na pele;
- Intestino preso;
- Demência de Parkinson, em que há perda da memória.
Se um membro da família acaba de ser diagnosticado, você não precisa consultar um médico. Você pode ou não desenvolver a doença, agora se você apresenta alguns destes sinais, aí sim está na hora de marcar sua consulta.
Resumindo
A doença de Parkinson é um distúrbio que afeta o sistema nervoso e é geralmente visto em adultos mais velhos. É raro as pessoas que herdam a doença de Parkinson, uma vez que os casos hereditários não são comuns. Mutações genéticas podem ocorrer aleatoriamente, e os pesquisadores acreditam que uma combinação de genes e fatores ambientais é que podem causar a doença de Parkinson.
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