Aprenda a lidar com os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados no tratamento do Parkinson

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A prescrição de medicamentos é uma das principais maneiras de fazer o gerenciamento dos sintomas da doença de Parkinson. Muitas drogas podem ser utilizadas para retardar a progressão da doença. Algumas vezes pode ser necessário até mesmo que o paciente use uma combinação dessas drogas para conseguir controlar os sintomas da doença.

Embora os medicamentos de Parkinson sejam considerados seguros, podem causar efeitos colaterais. Além disso, alguns desses medicamentos também podem interagir com outros medicamentos que o paciente já toma. Veja abaixo uma lista de tratamentos medicamentosos normalmente administrados para a doença de Parkinson e seus possíveis efeitos colaterais.

Efeitos colaterais mais comuns da Levodopa

• Náusea
• Vômito
• Perda de apetite
• Tontura
• Pressão arterial baixa
• Confusão mental
• Discinesia

Efeitos colaterais mais comuns dos Agonistas de Dopamina

• Sonolência diurna excessiva ou ataques de sono repentinos
• Alucinações visuais
• Confusão
• Inchaço dos tornozelos
• Discinesia (não tão comum)
• Comportamentos compulsivos (como compras, jogos, comer e impulsos sexuais descontrolados)

Efeitos colaterais mais comuns dos inibidores da MAO-B

• Náuseas leves
• Boca seca
• Tontura
• Prisão de ventre
• Confusão e Alucinações (podem ocorrer em pessoas idosas com Parkinson

Efeitos colaterais mais comuns da Amantadina

• Náusea
• Tontura
• Insônia
• Confusão
• Alucinações

7 passos para você lidar melhor com os efeitos colaterais das drogas

1º Saiba o que esperar

Primeiramente, sempre que receber uma nova receita, questione ao seu médico e farmacêutico quais efeitos colaterais a droga pode causar. Dessa maneira você saberá quais sintomas devem ser observados e se reportará ao seu médico. Além disso, descubra se algum dos outros medicamentos que você toma pode interagir com o medicamento de Parkinson para que você possa evitá-los juntos.

2º Se mantenha no caminho certo

Siga todas as instruções cuidadosamente para evitar efeitos colaterais. Tome a quantidade exata de medicação que seu médico prescreveu, na mesma hora todos os dias. Também, observe se você precisa tomar o medicamento com ou sem alimentos. Se você tiver dificuldade em se lembrar de tomar a medicação, ou às vezes tomar a dose errada, use um organizador de comprimidos e um lembrete de smartphone para mantê-lo no caminho certo.

3º Coma um lanche

Náuseas e vômitos são dois dos efeitos colaterais mais comuns quando você começa a tomar levodopa / carbidopa. Comer alguns alimentos simples, ricos em carboidratos, como biscoitos ou torradas, pode ajudar a aliviar esses efeitos.

4º Ajuste sua dose de drogas

Efeitos colaterais como discinesia podem ocorrer devidos à quantidade de levodopa que você está tomando. Discinesia são movimentos involuntários, erráticos, excessivos, diminuídos ou ausentes. As pessoas que usam levodopa a longo prazo podem apresentar discinesia em algum momento, geralmente três a cinco anos após o início da medicação. Pergunte ao seu médico se você pode diminuir sua dose o suficiente para evitar efeitos colaterais, mas não tão baixo que pare de controlar seus sintomas de Parkinson. Isso pode levar um pouco de tempo e exigir algumas tentativas até se obter a dose correta.

Outra opção é trocar para uma forma de liberação prolongada de dopamina. Como o medicamento se liberta mais lentamente no sangue, evita os picos e vales de dopamina que podem desencadear a discinesia. Você também pode precisar adicionar mais de um medicamento. Por exemplo, adicionar carbidopa extra à levodopa pode reduzir a náusea.

5º Procure alterar o tempo

Às vezes, você consegue evitar os efeitos colaterais de uma droga, apenas alterando a hora do dia em que você a toma. Por exemplo, se um remédio deixa você com sono, tome-o à noite e não de manhã. Se uma droga causa insônia, procure a tomar pela manhã ou pela tarde.

6º Converse com o seu médico

Se você tiver efeitos colaterais dos medicamentos de Parkinson, informe imediatamente o seu médico. É ele quem pode ajudá-lo a administrá-los da melhor maneira. Por exemplo, eles podem alterar sua dose ou trocar o medicamento conforme as suas necessidades. Não pare de tomar qualquer medicação sem primeiro consultar o seu médico.

7º  Busque outro tratamento

A medicação não é a única forma de tratar a doença de Parkinson. Estimulação cerebral profunda é um tipo de cirurgia usada para tratar os sintomas de Parkinson, como tremores e rigidez. O seu médico pode recomendar este procedimento se você já estiver em tratamento do Parkinson, mas os remédios estão parando de funcionar ou apresentando muitos efeitos colaterais.